Da Feminilidade a Mulheridade: Manualidades como Expressões Artísticas Disruptivas

Exposição de 6 de setembro a 11 de outubro.

A exposição "Da Feminilidade à Mulheridade: Manualidades como Expressões Artísticas Disruptivas" parte da premissa de que as noções de feminilidade foram construídas e moldadas ao longo da história. Inspirada pelas ideias de Rozsika Parker, a exposição propõe que a feminilidade não é uma característica inerente às mulheres, mas uma construção social destinada a manter as hierarquias de gênero. Então, neste contexto, se a feminilidade é uma construção, o caminho possível para reconstrução seria acessar a própria subjetividade e forma de lidar com vivências que nosso gênero impõe, para encontrar as questões relativas ao ser mulher de fato, nos dilemas que marcam nosso cotidiano. A isso chamamos de mulheridade, e é deste movimento que é feita a temática da presente exposição: partir de uma desconstrução da feminilidade para a construção de uma mulheridade que vai além dos conceitos normativos, essencialismos inventados e ideias preconcebidas sobre o que significa ser mulher no mundo de hoje. Tudo isso utilizando as manualidades como meio de expressão artística disruptiva. Disruptiva tanto no sentido de negar estereótipos em busca da própria autenticidade, quanto na forma em que se expressa isso, a partir das manualidades. Sabe-se que na história da arte, as práticas artísticas voltadas para as manualidades foram relegadas ao status de "artesanato", em vez de serem reconhecidas como formas de arte legítimas. Tais práticas, feitas em sua maioria por mulheres e frequentemente utilizadas para reforçar estereótipos de gênero, aqui são revisitadas e revalorizadas numa investigação atenta. Com o que sonham essas mulheres? Quais seus medos? O que pensam? Quais dilemas lhe atravessam? Quais críticas estão entaladas como nós na garganta? Quais futuros vislumbram? Com o que se preocupam? O que têm a dizer? As obras acabam revelando um pouco disso tudo, e de um modo geral surgem com temas como: o controle do corpo feminino, questionamentos de papéis de gênero, sexualidade, colonialismo, medicalização, intensidade do olhar, impactos culturais, etarismo e a complexidade das relações humanas. A diversidade de materiais e formas de expressão oferece uma visão crítica e sensível sobre a experiência da mulher contemporânea. Cerâmicas escultóricas, bordado, fotomontagem, bilro e tatuagem, compõem a exposição. Práticas que antes foram desvalorizadas por forças históricas retornam hoje como formas de arte e resistência, ocupando lugares como a Galeria Venere, espaço de exposição e produção artística em Jurerê Internacional. A curadoria é de Thaís Dutra, artista e pesquisadora, que também participa da exposição ao lado de Laura Folletto, Chantal Araújo, Nathália Senger e Adriana Cardoso.

"Maturidade Criativa " Chantal Araújo, (2024)

"Meryna" 
Adriana Cardoso
(2023)

"História dos Corpos" Thais Dutra (2020 a 2024)

"Amor é Amor, Amor é Arte"

Nosso primeiro edital selecionou 10 artistas.

Bem-vindos à "Amor é Amor, Amor é Arte", uma exposição que celebra a diversidade e a profundidade do amor através das obras de 10 talentosos artistas de Florianópolis.Através de corações reais e estilizados, frases tocantes, mãos que se encontram e casais sobrepostos, cada peça convida o espectador a refletir sobre o poder transformador desse sentimento universal. Os artistas, com suas diferentes técnicas e perspectivas, capturam a essência do amor em suas diversas formas - romântico, platônico, familiar e próprio. Cada obra não é apenas uma expressão de afeto, mas também um testemunho da conexão humana e da beleza que emerge dessa experiência compartilhada. Os corações, sejam eles anatomicamente precisos ou desenhados com liberdade criativa, são o símbolo central desta exposição. Eles representam não apenas o órgão vital, mas também o centro emocional de nossas vidas. As frases de amor adicionam uma camada de contemplação, convidando os visitantes a refletirem sobre suas próprias experiências e emoções. Esperamos que, ao visitar esta exposição, você se sinta inspirado a reconhecer e valorizar as muitas formas de amor que permeiam nossas vidas. Que cada obra sirva como um lembrete de que o amor, em todas as suas manifestações, é uma arte em si.

Mulher Possível (2023)

Eu não esperava que o amor fosse me transformar assim (2023, 20 x 15)

Coração da Casa (2023, 1m x 0,50 x 0,25)

"eu, ultimamente" por Edu Jurek

Quando:  22 de fevereiro a 26 de maio.

A exposição "Eu, Ultimamente" é uma expressão artística íntima que reflete os sentimentos e experiências vividas pelo artista nos últimos meses. Cada obra é uma representação única, originada de uma gama de emoções como a angústia de relacionamentos superficiais, a luta contra o vazio interno, e os ciclos de expectativas e desilusões. O título, "Eu, Ultimamente", destaca a temporalidade das criações, todas desenvolvidas entre dezembro e janeiro, oferecendo um vislumbre autêntico da jornada emocional do artista durante esse período. A ausência de títulos em algumas obras enfatiza o processo de liberação criativa, enquanto outras refletem momentos específicos de raiva e frustração. Como um todo, a exposição é um testemunho visual das complexidades e variações emocionais que têm moldado a experiência do artista recentemente.

"sorry, this is empty"

"vortex"

"intrusive thoughts before sleeping"

Armazém de Artes Tania Paupitz

Quando: 25 de Janeiro a 17 de Fevereiro

Sobre "Armazém de Arte": Tania Paupitz, influenciada por mestres como Van Gogh, Pissarro e Salvador Dali, apresenta uma coleção cuidadosamente selecionada de 10 obras, abrangendo paisagens, casarios açorianos, florais, abstratos, paisagens europeias e arte intuitiva. As pinceladas vibrantes e a riqueza visual refletem a marca registrada da artista, revelando suas experiências em viagens pela Europa.

Intensidade Cromática e Diversidade Temática: Cada obra é um convite para explorar a intensidade cromática e a diversidade temática que caracterizam o "Armazém de Arte". As paisagens parisienses, resultado de uma viagem em 2005, coexistem com cenários da Itália, Portugal, Grécia, Inglaterra, Suíça, entre outros destinos. Mais de 300 exposições ao redor do mundo atestam a disseminação das obras de Tania Paupitz, que encontraram seu caminho para coleções no Brasil, EUA, Arábia Saudita, Portugal, Argentina e Chile.

Esta é uma oportunidade única para apreciar a trajetória artística de Tania Paupitz e se perder nas cores e formas que compõem este vibrante universo criativo. Junte-se a nós nesta jornada cromática pela alma artística de Tania Paupitz em "Armazém de Arte". 

Casario Açoriano

Revoada Pássaros

Palmas Maiorca

Feline: por Felipe Parucci e Aline Ávila

Quando: 28 de dezembro a 20 de janeiro

A Galeria Venere tem a honra de anunciar a tão aguardada exposição "Feline", um mergulho profundo na rica tapeçaria artística criada pela parceria entre o renomado quadrinista Felipe Parucci e a talentosa fotógrafa Aline Avila. 

Sobre "Feline": "Feline" é um projeto que nasceu do amor pela cidade de Florianópolis e do desejo de retratá-la sob olhares distintos. As fotografias de Aline Avila capturam a singularidade imagética da cidade, explorando ângulos muitas vezes esquecidos, mas ricos em beleza. Os desenhos cartunescos de Felipe Parucci, por sua vez, dão vida a personagens com personalidades fortes, narrando opiniões e pensamentos sobre a existência. O resultado é uma colagem única, onde desenhos e fotos se entrelaçam, acrescidos de contextos narrativos que dialogam com a rotina florianopolitana.

Não perca a chance de mergulhar na essência de Florianópolis através dos olhos sensíveis de Felipe Parucci e Aline Avila. A exposição "Feline" na Galeria Venere é uma celebração da arte e da cidade que promete envolver, emocionar e inspirar. Estamos ansiosos para compartilhar esta experiência única com todos os amantes da arte e da cultura.

"Frederico Feline" 2023

"Crescentes 1" 2022

"Tatuar para lembrar" 2022

Amanda Loch

Nossa primeira exposição é com Amanda Loch com a coleção Cartografia do Ausente.

Quando: 1 a 23 de dezembro

''Como uma colecionadora de memórias perdidas, Amanda Loch tem interesse por recolher, juntar e refletir sobre o descarte de imagens, objetos, sucatas e fragmentos da natureza. Seu processo de criação se articula no diálogo que estabelece entre suas fotografias e a sobrevida de restos de experiências suas e alheias que guarda dos seus garimpos em acervos familiares, ferro velhos, sebos, viagens etc. Como neste site specific sua pesquisa poética acontece na sobreposição entre a representação fotográfica da Vila Epecuén, a cerca de 500 km de Buenos Aires, e elementos esquecidos no mundo. As imagens da cidade que ficou submersa por 20 anos em decorrência de um rompimento de barragem, ganham o afeto da experiência e do olhar da autora, e intensificam-se como linguagem quando incorporados a elementos que carregam outras reminiscências. E quando encontra o nosso olhar, Cartografia do ausente, nos convida a consultar nossas próprias recordações.'' Texto por Lucila Horn, Curadora.